quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Novos órgãos Sociais

O associativismo sempre foi considerado como uma mais valia no desenvolvimento das sociedades e, de certa forma, a vida de uma associação acaba sempre por reflectir o comportamento dominante da própria comunidade que a acolhe.

Nestes dois últimos anos, a actual Direcção do NAT tem tentado desenvolver um derradeiro esforço para a implementação de uma dinâmica de responsabilização participativa dos cidadãos da nossa terra, conscientes que o futuro deste movimento só se realizará em função do envolvimento efectivo de todos.

Apesar das dificuldades, continuamos a acreditar que a associação pode tornar-se numa escola de vida colectiva, de cooperação, de solidariedade, de humanismo e cidadania. Mantemos a esperança de conseguir edificar um núcleo associativo que saiba conciliar valor colectivo e individual.

O ano de 2010 anuncia o fim do mandato da actual Direcção e projecta a necessidade de uma reflexão conjunta sobre o futuro do NAT. Consequentemente, gostaríamos de convidar todos os sócios a desenvolverem esse exercício reflexivo, no sentido de identificarmos o melhor caminho para defender, reforçar e promover o desenvolvimento da nossa terra.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Fundamentalismo?



O Fundamentalismo está na moda e serve para classificar quase tudo o que é acção pública. Originalmente associado aos movimentos étnicos extremistas com motivações religiosas, é hoje comummente empregado, num contexto mais disperso, para referenciar os cidadãos que se importam sobremaneira com alguma coisa. Defender os animais abandonados da negligência e inércia, é fundamentalismo? Ora, por definição conceptual, os Fundamentalistas são, precisamente, aqueles que apenas acreditam nos seus dogmas como verdade absoluta, indiscutíveis, recusando a premissa do diálogo. E esta significação cai que nem uma luva aos que, com o ego insuflado, hasteiam o poder e o protagonismo, padecendo, em simultâneo, de uma enraizada obstinação que se reveste, cada vez mais, do tal fundamentalismo. Ao menos se pensassem, não teriam de ouvir.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pautas e Caudas


"«Pautas e Caudas» juntas na Reitoria da UA Músicos do DeCA e Mário Laginha em concerto.

Vejam também o Blogue com o programa deste fantástico espectáculo!!!

http://pautasecaudas.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O empedrado está vivo



As coisas raras têm valor. Uma espécie animal é protegida quando perto da extinção e um autor é reconhecido quando deixa de produzir. O que é raro não é visto. É contemplado.

As estradas feitas de empedrado são raras. A sua substituição pelo asfalto foi, até aqui, um sinal inequívoco de progresso. O betume espesso já era usado no ano 3000 a.C., embora, nesta época, não proviesse da extracção de petróleo, mas do piche retirado de lagos pastosos.

Hoje, a ideia de abdicarmos do empedrado tem vindo a perder força, em virtude do seu espectável potencial turístico.

Brevemente, o lugar da Costa do Valado, será um dos últimos baluartes do empedrado. É de preservar. Sem dúvida.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pautas e Caudas



O auditório da Reitoria da UA acolhe, no dia 4 de Maio, a partir das 21h00, um concerto em prol dos animais de rua. Intitulado «Pautas e Caudas», o espectáculo junta, no mesmo palco, os músicos de Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) e o convidado especial, Mário Laginha. A apresentação está a cargo do Prof. Jorge Castro Ribeiro e de Sofia Leandro. O espectáculo tem um preço de entrada único de 7,50 € e a receita reverterá integralmente para os animais abandonados. As reservas podem ser efectuadas para o endereço pautasecaudas@gmail.com.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Uma Questão de Cultura, de Leonel Moura



A cultura é o mecanismo que nos permite, enquanto espécie, evoluir para lá do lento e aleatório processo da evolução natural. A cultura é também aquilo que, a cada momento, gera o ambiente civilizacional no qual uma determinada comunidade opera. Nessa medida, estando nós globalmente na era da sociedade da informação, muitos grupos humanos continuam a viver na Idade Média ou nos primeiros tempos da modernidade. Basta pensar nos campos de refugiados, nas áreas de grande pobreza e carências de toda a espécie ou nos que vivem sob regimes de base tribal ou assentes no despotismo. E até há quem - caso de algumas remotas tribos da Amazónia -, se mantenha no muito longínquo neolítico.

Mas estes desfasamentos não sucedem só em agrupamentos humanos que, por qualquer motivo, foram marginalizados do processo histórico. No interior da era coabitam outras eras. No tempo presente coexistem tempos passados. Certos rituais, tradições e comportamentos primitivos, apesar de claramente anacrónicos, persistem nas nossas sociedades desenvolvidas. É o caso exemplar das touradas.

Só na aparência se trata de um tema polémico. Na verdade, não há nenhuma polémica, nem nada digno de debate. O assunto é claro e evidente para toda a gente. Trata-se de um ritual retrógrado que não faz qualquer sentido, nem tem nenhuma justificação, na sociedade contemporânea. Recorde-se que já D. Maria II, em meados do século XIX, decretou a sua proibição por considerar "que as corridas de touros são um divertimento bárbaro impróprio de Nações civilizadas". Pelo menos há dois séculos que as touradas são um sinal de atraso e incivilização.

Todas as pseudo discussões sobre a preservação dos touros, se estes sentem dor ou não, a importância económica da atividade, a defesa da tradição, etc., nada acrescentam ao essencial e cristalino. A tourada é um espetáculo selvagem e criminoso. Ponto final parágrafo.

Muitas outras tradições têm sido abandonadas por serem indignas da condição do homem atual. Caminhamos para o reconhecimento dos direitos dos animais. Caminhamos para uma maior consciência da partilha do planeta com outras formas de vida. Caminhamos até para um sentido de cooperação e não de exploração e extermínio das outras espécies e da própria natureza. Os anacronismos que ainda persistem combatem-se com leis civilizadoras assentes, precisamente, na evolução e consenso cultural. Ou seja, a cultura, em sentido lato e específico nas suas várias vertentes humanizadoras, tem nestes assuntos um papel decisivo. É através dela que se promove o esclarecimento, a educação e uma visão mais avançada sobre o tempo em que nos foi dado viver. A cultura não é isenta, nem irresponsável. Estamos todos implicados.

Ora essa responsabilidade não pode deixar de estar presente a nível governativo. Do Ministério da Cultura espera-se um claro empenhamento na modernização geral do País e dos cidadãos. A par do desenvolvimento das novas tecnologias e novas aptidões, com grande incidência nos planos tecnológicos e nos programas dos Ministérios da Ciência e da Economia, seria de esperar uma participação não menos ativa do Ministério da Cultura na qualificação civilizacional dos portugueses. Ora, infelizmente, não é isso que se passa. Portugal não tem tido nenhuma sorte com os sucessivos ministros da cultura.

Ao incluir uma secção especializada dedicada à tauromaquia no recém criado e pomposo Conselho Nacional da Cultura, a Ministra Gabriela Canavilhas mostra, desgraçadamente, que ainda não é desta que temos à frente do ministério alguém que já viva no século XXI. Em vez de contribuir para a evolução positiva do País, com este gesto incongruente a ministra envia sinais de atavismo e tradicionalismo que só podem reforçar ainda mais o nosso atraso.

Não cabe exigir demissões. Esta gente passa e só deixa um rasto de irrelevância. Mas fica claro que continuamos a nada poder esperar de um ministério que devia dar o exemplo e ajudar a melhorar o nível cultural dos portugueses. A cultura, a verdadeira, continuará a ser desenvolvida noutros lugares.

Leonel Moura, Jornal de Negócios Online, 26 de Março de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Limpar Portugal

Limpar Portugal



Resgistos que colocam os mais distraídos a reflectir.

Nem mais...

Permitam-me que partilhe este artigo...de alguém que teima em permanecer sóbrio...



Só nos faltava esta: uma ministra da Cultura para quem divertir-se com o sofrimento e morte de animais é... cultura. Anote-se o seu nome, porque ele ficará nos anais das costas largas que a "cultura" tinha no século XXI em Portugal: Gabriela Canavilhas. É esse o nome que assina o ominoso despacho publicado ontem no DR criando uma "Secção de Tauromaquia" no Conselho Nacional de Cultura. Ninguém se espante se, a seguir, vier uma "Secção de Lutas de Cães" ou mesmo, quem sabe?, uma de "Mutilação Genital Feminina", outras respeitáveis tradições culturais que, como a tauromaquia, há que "dignificar".

O património arquitectónico cai aos bocados? A ministra foi ali ao lado "dignificar" as touradas. O património arqueológico degrada-se? Chove nos museus, não há pessoal, visitantes ainda menos? O teatro, o cinema, a dança, morrem à míngua? Os jovens não lêem? As artes estiolam? A ministra foi aos touros e grita "olés" e pede orelhas e sangue no Campo Pequeno. Diz-se que Canavilhas toca piano. Provavelmente também fala Francês. E houve quem tenha julgado que isso basta para se ser ministro da Cultura...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

(I)Mobilidade II



Este rabisco não pretende ocupar o espaço dos legítimos portadores do poder de decisão, nem sequer ambiciona fazer parte do coro incessante daqueles que, de forma incontinente, propagam ideias estupendas e prioritárias para a cidade, como se não houvesse amanhã, desejosos que Aveiro termine na Av. Dr. Lourenço Peixinho, logo desconhecendo que Aveiro tem um dos piores serviços de transportes urbanos do País.

A frota da empresa municipal de mobilidade é constituída por unidades envelhecidas, degradadas e com índices de segurança que fundamentam as reservas que nós, utentes, mantemos em relação às inspecções periódicas a que estas, supostamente, estão sujeitas. Uma observação empenhada destas viaturas aconselharia a redução da frota em dois ou três mini-bus e um autocarro que, na maioria das vezes, e bem, está direccionado para o serviço escolar. As restantes deixam sérias dúvidas a quem, como eu, os utiliza diariamente.

Mesmo considerando que as viaturas estejam nos limites legais, constatamos que a empresa presta um mau serviço, comparativamente com Coimbra, Lisboa e Porto. Aos que ficaram surpreendidos com esta confrontação, permitam-me recordar que Aveiro é Capital de Distrito, sede de uma das dezasseis universidades públicas do País, um meio académico que mobiliza cerca de quinze mil pessoas, mais mil, menos mil. Restituída a ordem de raciocínio, acrescento que os preços praticados em Aveiro são mais elevados, não só na tarifa de bordo, mas também no módulo mais utilizado pelos trabalhadores e estudantes das freguesias periféricas – a assinatura mensal. A título de exemplo, nos STCP do porto, o bilhete adquirido no autocarro custa 1,45 €, na Carris, em Lisboa, 1,40 €, nos SMTUC, em Coimbra, 1,50 € e em Aveiro 1,75 €. Em relação aos passes sociais, os desequilíbrios subsistem, embora, aqui, a diferença encontra-se, principalmente, nas inúmeras opções de títulos intermodais e combinados. É claro que, para se usufruir desta diversidade, é necessário ter transportes alternativos para “combinar”. Nas cidades supraditas existem opções para quase todas as realidades geográficas e sociais, um catálogo de recursos que proporcionam, realmente, a tal mobilidade, sendo que, de entre elas, Coimbra é a que está mais próxima da realidade aveirense.

Passando o olhos pelos objectivos enunciados no portal da empresa MOVEAVEIRO, e se considerarmos que a sua intervenção no transporte fluvial teima em culminar num Ferry permanentemente avariado e adiado, verificamos que nenhum deles está a ser cumprido.

Em circunstâncias normais, não cometeria a ousadia de gatafunhar sobre realidades que só estão ao alcance dos doutos guardiões deste concelho. Mas como ando de autocarro por opção e pago os meus impostos, permitam-me que sugira que, em vez de gastarmos o nosso dinheirinho na realização de fóruns para projectar a construção de um Metro de superfície em Aveiro, daqui a quarenta anos, ou de se gastar montantes consideráveis em campanhas de marketing, que visam convencer os aveirenses a andar a pé ou de bicicleta, abdicando dos seus veículos com motorizações acima das 2000 rpm, invistam na melhoria da frota da Empresa Municipal de Mobilidade, preferencialmente com energia limpa e tarifário mais apelativo, porque já amanhã temos que ir de autocarro, trabalhar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

(I)Mobilidade



É normal que, de vez em quando, nos libertemos da letargia mental e comecemos estes processos de questionamento e de reflexão sobre as coisas públicas.

Aveiro, frequentemente chamada de Veneza de Portugal, recebeu um novo epíteto: Amesterdão Lusitana. Este novo cognome está associado, não só aos maravilhosos canais da capital holandesa, mas também à tradição que a mesma acolhe em relação ao uso da bicicleta. Se a analogia em função dos canais vai sendo aceitável, já a comparação resultante da tradição do uso da bicicleta é, no mínimo, quixotesco, considerando que a capital holandesa regista o primeiro lugar europeu, com uns assombrosos 40% do total de tráfego da cidade. Esta percentagem é a mesma no resto do território Holandês, a uma razoável distância da Dinamarca, com os seus ambiciosos 23% e a anos luz de países como a Roménia e Bulgária que, apesar de uns esforçados 5%, ainda se encontram longe da média de 10% da União Europeia a 27. Portugal tem 1%. Repito 1%, sendo os dados referentes a 2007. Estas percentagens não se referem ao nível de utilização das bicicletas que o Estado coloca à disposição dos utentes, mas sim a percentagem efectiva do tráfego que se realiza com bicicletas.

Será que basta construir ciclo vias, espalhar cartazes, recolher e reconverter bicicletas usadas, para se conseguir um índice de utilização efectivo desta envergadura? No cenário actual, suspeita-se que a sociedade portuguesa não conseguiria estas percentagens, nem que houvesse incentivos monetários directos à utilização da bicicleta. Em Aveiro, capital do Distrito e sede de uma das dezasseis universidades públicas do País, continua-se a circular nas zonas da baixa e nos locais históricos, sem restrições e sem um conjunto de medidas verdadeiramente dissuasoras.

Qualquer pessoa, mesmo com elevados níveis de inocência, já percebeu que a BUGA é um projecto falido, não em relação à ideia, que é louvável e desejável para o futuro das cidades, mas porque colide com a mentalidade auto mobilizada dos portugueses.

Quando se diz que, em Aveiro, subsiste uma tradição no uso quotidiano das bicicletas, factor importante para a implementação do projecto, è verdade, mas, essa utilização, é essencialmente residual e periférica, precisamente na extensão de território concelhio onde o projecto não foi implementado. É bem provável que continuemos a verificar um aumento dos níveis de utilização da BUGA… durante o dia mundial sem carros, sob os protestos calados dos comerciantes da Avenida.

Rui Alvarenga

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Pavimentação Pouco Perfeita


O NAT dirigiu, no passado dia 11 de Fevereiro, uma missiva ao Executivo da Junta de Freguesia de Oliveirinha, com o objectivo de manifestar a sua preocupação em relação aos recentes trabalhos de pavimentação da Travessa das Paradas (Costa do Valado). Constatamos que, após a conclusão dos mesmos, não foi efectuado o alinhamento das bermas, em ambos os lados da via, pondo em causa o alargamento da rua, em toda a sua extensão. Alertámos, igualmente, para a perigosa manutenção de uma vala de considerável profundidade, da qual poderá advir graves consequências para os peões e auto-mobilizados. Por conseguinte, a Direcção do NAT solicitou, ao Executivo da Junta de Freguesia, uma rápida e enérgica intervenção, junto da Câmara Municipal de Aveiro, no sentido de rectificar as anomalias referidas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

www.nat.pt



Esta nova plataforma, concederá, à nossa associação, uma maior versatilidade ao nível da comunicação. A página permitirá gerir, organizar e consultar um número muito vasto de conteúdos, criando um novo tipo de aproximação aos associados e à restante comunidade.

Acedam, e participem com as vossas ideias!